sábado, 12 de maio de 2007

Palavras secas...



Em tuas palavras secas
Na tua voraz revolta
Na mágoa que me deixaste
Na forma como me atacaste...
Sem perceber, fiquei assim
Dorida, sentida, pensando no por que
Onde poderia ter feito de maneira diferente?
Onde poderia ter-te feito perceber?
Mas, não estava em minhas mãos
Talvez tivesse que existir esta mágoa
Para ver que tu não eras quem eu pensava...
Nem a doçura que sempre te atribui
Estava em tuas palavras, agora cheias de maldade.
Prefiro não pensar mais no que disseste
No que me fizeste sentir
Quando tu fugiste de uma aproximação,
E culpaste-me do vazio que nos cercou.
Fostes egoísta,
Só um teria que dar um passo,
Num acontecimento que enriqueceria ambos.
Não é assim que acontece
Não é assim que se alimenta
Não é assim que o amor se retribui
... Para mim, é muito cruel ter que sentir isto...
Mas, é melhor assim
Agora não dói mais... Essa tua forma egoísta de gostar, dar e falar.
Por vezes enganamo-nos...
Ou deixamo-nos enganar.
O amor cultiva-se, alimenta-se de forma partilhada
Não solitariamente.

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